A escolha do gás de proteção é crítica e depende de três fatores:

1. Processo: Soldagem MIG/MAG, TIG ou a plasma exigem gases ou misturas diferentes.
2. Material: Aço carbono é diferente de aço inoxidável ou alumínio. Usar o gás errado em inox, por exemplo, pode causar corrosão.
3. Resultado Desejado: Você busca mais velocidade, maior penetração ou um acabamento visual perfeito? A composição do gás influencia diretamente nisso.

Uma consultoria técnica é a forma mais segura de otimizar a escolha e evitar custos com retrabalho.

A escolha do gás de assistência no corte a laser define o acabamento e a velocidade do processo.

• Use Nitrogênio (N₂): Para um corte limpo, sem oxidação e com bordas perfeitas, pronto para soldar ou pintar. É a escolha ideal para aço inoxidável e alumínio. O processo é chamado de corte por fusão.
• Use Oxigênio (O₂): Para cortar aço carbono com máxima velocidade. O oxigênio gera uma reação exotérmica que acelera o corte, mas deixa uma fina camada de óxido na borda, que pode precisar de limpeza posterior.

A pureza indica a porcentagem do gás principal em relação a contaminantes (como umidade, oxigênio, etc.). Um gás com 99,99% de pureza (“quatro noves”) é mais puro que um com 99,9%.

Essa diferença é crucial. Em aplicações como soldagem TIG de alumínio ou em laboratórios, contaminantes mínimos podem arruinar o resultado, causando porosidade ou imprecisão. A pureza correta é uma garantia de qualidade para o seu produto final, sendo um fator determinante na performance de diversos gases industriais.

Um fornecedor confiável deve ser transparente sobre suas práticas de segurança. Verifique se:

• Os cilindros possuem etiqueta de identificação clara do gás e dos riscos.
• O teste hidrostático (requalificação) dos cilindros está em dia, conforme a norma ABNT NBR 12791.
• A empresa fornece a Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQ) para cada gás.

A segurança no manuseio de gases industriais não é negociável e protege tanto seu patrimônio quanto seus colaboradores.

Não. Tentar usar a mesma mistura de gás para ambos os materiais é um erro comum que compromete a qualidade e gera custos com retrabalho.

• Aço Carbono: Geralmente utiliza misturas de Argônio com CO₂, que garantem boa penetração e estabilidade de arco.
• Aço Inoxidável: Exige misturas com baixo ou nenhum teor de CO₂ (como Argônio com 2% de O₂) ou Argônio puro (no processo TIG) para preservar sua principal característica: a resistência à corrosão.

Utilizar o gás incorreto no inox irá “queimar” o cromo da liga, destruindo sua propriedade anticorrosiva.